O verbo cativar mandou no espetáculo e as interpretações para as músicas de autores da terra caíram como luva na voz potente de Erika. Veja aqui o artigo especial para a 7a Flib:
Por Rodrigo Teixeira
Ela veio diferente para a Feira de Literatura de Bonito (FLIB). Depois de conquistar ouvintes fiéis em inglês, Erika Espíndola decidiu que tinha chegado a hora da mudança: cantar em português. De acordo com a reação do público, que lotou a Praça da Liberdade na noite de sábado (08/07), a decisão está completamente certa. Seu show foi um dos momentos altos da FLIB com a cantora hipnotizando a plateia da primeira à última música e radicalizando ao adotar um repertório todo interpretado em português.
O concerto funcionou a medida que Erika alternou canções de compositores de Mato Grosso do Sul com sucessos nacionais. A harpa esteve com Erika uma única vez no palco da 7a FLIB. As interpretações para as músicas de autores sul-mato-grossenses caíram como luva para a voz potente da cantora, valorizando ainda mais as composições, como o clássico “Deixei Meu Matão”, de Geraldo Espíndola, e o hit “Palavras Erradas”, de Fábio ‘Corvo’ Terra, que Erika irá lançar em breve nas plataformas digitais com um single.
Ela também abre espaço no repertório para a nova geração de MS e acerta nas versões para “O Acaso” (Ju Souc) e “O Último Cigarro” (DoValle). A cantora ainda apresentou composições inéditas do sempre inspirado Júlio Queiroz, que tocou baixo na banda de apoio de Erika. A química entre a artista e o violonista Flávio Henrique Bernardo, companheiros de vida, é evidente durante a apresentação. A presença mais do que segura de Zé Fiuza na bateria é o que falta para o grupo chegar a uma base perfeita para Erika fazer o que fez: cantar à vontade.
E foi exatamente isso que ela fez no show da FLIB. Ao interpretar “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, ambas de Belchior imortalizadas por Elis Regina, atingiu em cheio o público. Solta no palco e acertada nos figurinos assinados por Fábio Maurício, com destaque para a capa multicolor, Erika Espíndola deve ter acabado o concerto na FLIB com a certeza de que o caminho é mesmo cantar em português. O público não demonstrou dúvida nenhuma e quer bis.
Foto capa: Elis Regina Nogueira 7a FLIB
Fotos galeria: Maurício Costa Jr. 7a FLIB