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Bonito: onde a natureza tem histórias para contar – Por Rod Ostemberg

Era uma vez uma cidadezinha (potente) não tão distante, criada numa fazenda à beira rio. Vamos chamar esse lugar de Bonito. Lá, os livros dão em árvores e a criança que come desse fruto ganha o poder da super criatividade.

Bernardo quase virou árvore de tanto consumir livros no quintal de Manoel.

Durante a noite, a árvore irradia luzes coloridas e suas folhafitas bailam ao vento.

No coreto da praça, moradores da cidade Cantam Bonito. É lindo ver o coral, formado pelos bonitenses, acompanhar as canções que não se ouvem mais.

Em terra de leitor, quem ensina é rei.

Em Bonito, professor é título de nobreza.

Neste reino não houve escravidão porque todos têm a alma azul. Mulheres e homens são iguais e os indígenas catequizam, rimam, versam e declamam suas histórias. O povo negro sorri e lê muito.

A poesia toma conta da cidade, pois a árvore dá livros de janeiro a janeiro e seus frutos estão nasfeira. Tem livros de todas qualidades.

Nas barraquinhas, há livros de história, poesia, ficção, romance, quadrinhos… tem de tudo um pouco. Tem uma passagem secreta para um quintal mágico. Nele cabe um universo literário.

Até o café aqui tem gosto de literatura: forte e encorpado.

Na nossa cidade imaginária, as pessoas podem aprender à vontade. Tem gente que vem de outros reinos para ensinar.

A rainha Lucinda, do Reino do Teatro e TV, trouxe o poder da palavra. Rei Daniel, do originário Paulista, trouxe para a galera um tom mais contemporâneo e a magia de Paulinny evocou os elementos da natureza.

E de uma Cidade Black, que emana luz, veio o príncipe Garrido, estava sempre moleque.

Até uma nave alienígena pousou aqui e trouxe uma abduzida: – terráqueos, conheçam Erika Espindola.

Essa é a história da FLIB – Feira Literária de Bonito.

Os artistas da cidade têm poderes mágicos.

E quem souber que conte outra.