A Feira Literária de Bonito (FLIB), teve vários personagens interessantes e marcantes.Um desses que conclamou a comunidade bonitense e os turistas com o “cortejo”, foi o poeta-declamador-repetista e construidor de poemas imediatistas, Ruberval Cunha. Com 34 anos de estrada pelos caminhos da letras, esse artista encantou a todos em vários momentos – sejam eles quando da anunciação de cada atração no palco ou mesmo da Praça da Liberdade, na FLIB, sempre com seu berrante. Com uma sensibilidade única, ele chegou com seu “repente guaicuru” com um profissionalismo invejável.
O tempo não é aparência dos anos que se vão e sim a eternidade dos momentos que ficam”, diz ele em sua frase. Desde a primeira edição da feira literária, Ruberval se tornou “figurinha carimbada” nos corredores da praça em Bonito – seja pela manhã, tarde ou noite. O artista que de início topou fazer um laboratório quando do surgimento da feira e convidado para até mesmo “cobrir” outra pessoa, não saiu mais justamente porque a populacão o aprovou seu grande trabalho, que de uma forma informal, aborda as pessoas e mostra o seu repente de acordo com a situação.
Na FLIB 2023 esse querido artista sempre está se reiventando. Para tanto que esse ano após dois dias de feira, ficou rouco, mas imediatamente se reconstruiu com um outro personagem para ajudá-lo, e com um boneco de feltro (fantoche), apresentou o “Jacarito” – um jacarézinho com a voz rouca que passou a comandar o chamamento das atracões e que imediatamente caiu nas graças do público, principalmente das centenas de crianças que passaram na feira.
Ciciamadeira, repentista nordestina define muito artistas como Ruberval Cunha: “O poeta repentista é um artista. Faz versos e prosas no improviso. Criativo e faceiro nos seus improvisos. Faz a morena dançar e a loira cantar. Faz o povo sorrir e descontrair, Repetista cantor, poeta e ator, Com seus rimos e prosas, ah grande pensador”. Sim, Ruberval brilhou na FLIB 2023 e com certeza brilhará em outras edições pois já faz parte desse evento tão importante para a literatura sul-mato-grossense.
Por Alex Fraga
