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Indicamos os 6 melhores livros para ler em 2023

Reunimos aqui dicas de leitura bastante ecléticas com títulos de praticamente todos os gêneros. Também não nos restringimos a um tempo histórico ou a um país específico, o nosso único critério foi recomendar livros que façam a diferença no seu ano.

1. O Despertar de Tudo, de David Graeber e David Wengrow

Lançado no Brasil em agosto de 2022O Despertar de Tudo é de autoria dos historiadores David Graeber e David Wengrow. O livro lança um novo olhar sobre a história da humanidade, trazendo aspectos pouco conhecidos para traçar uma linha do tempo histórica desde o surgimento da agricultura até os dias contemporâneos. Assim, trata de assuntos como a desigualdades, democracia, liberdade e escravidão. Pouco tempo depois de publicada, a obra já se tornou um sucesso de vendas e vem recebendo elogios da crítica especializada.

2. Quando deixamos de entender o mundo, de Benjamín Labatut

Esse é um livro de contos publicado em 2022 pelo chileno Benjamín Labatut que promete muitas reflexões. Cada uma das histórias é sobre pessoas que revolucionaram a ciência e a humanidade com suas descobertas, como por exemplo Einstein e Schrödinger. Usando fatos biográficos desses pensadores e aliando à narrativas ficcionais, Benjamín cria universos cheios de tramas e relações entre a vida particular e o trabalho científico.

3. O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk

Vencedor do Prêmio Jabuti de 2022, esse romance da pernambucana Micheliny Verunschk traz uma mistura de poesia, ficção e textos jornalísticos para traçar um panorama da história de exploração e desamparo dos povos indígenas no Brasil. A narrativa conta sobre Iñe-e e Juri, duas crianças indígenas que são sequestradas no século XIX e levadas para a Europa. Um livro emocionante que traz uma faceta difícil da história do Brasil e que fala sobre pertencimento e identidade.

4. A filha perdida, de Elena Ferrante

Esse romance da escritora italiana Elena Ferrante foi publicado em 2006 e ganhou uma bela adaptação para o cinema no final de 2021. A autora, que mantém sua identidade em sigilo, trabalha questões difíceis e polêmicas que permeiam o universo das mulheres. Em A filha perdida, a protagonista é Leda, uma mulher madura que decide viajar sozinha para o litoral da Grécia. Lá se depara com uma família que acaba tirando sua paz.

Leda conhece Nina e sua filha Elena. A dinâmica entre a jovem mãe e a criança desperta memórias dolorosas em Leda e sentimentos conflituosos acerca de sua própria relação com as filhas. Um livro corajoso, com uma narrativa potente que apresenta a ideia de maternidade e família de uma maneira realista e crua.

5. Solitária, de Eliana Alves Cruz

Solitária é um romance da escritora carioca Eliana Alves Cruz que foi lançado em 2022 e faz um recorte bem específico para contar os dramas e desafios de uma importante parcela da população que costuma ser ignorada, a das empregadas domésticas. A trama traz as protagonistas Eunice e Mabel, mãe e filha, que vivem em um insalubre quarto de empregada na casa de seus patrões ricos.
Assim, a autora aborda temas cruciais como justiça, exploração do trabalho, sobretudo da mulher, além de traçar um paralelo entre o presente e o passado escravocrata no Brasil. O romance ganhou a atenção da também escritora Conceição Evaristo, que disse: “Eliana narra com a maestria da linguagem de alguém que sabe lidar com as palavras.”

6. Memória de Ninguém, de Helena Machado

Helena Machado nos presenteia com uma história sobre perdas, memórias e relações familiares nesse romance lançado em 2022. A protagonista é uma mulher que, após perder o pai, volta à casa que viveu na infância e precisa lidar com lembranças e traumas antigos.

Com uma escrita envolvente e fluida, a autora nos convida a entrar na vida dessa personagem – sem nome – e olhar também para a nossa própria história.

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