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7a FLIB – “Mulherio das Letras”, o poder e a liberdade da escrita!

Por Alex Fraga

O filósofo alemão Arthur Schopenhauer estava certo quando escreveu que “a mulher é um efeito deslumbrante da natureza. Nesta sexta-feira (7), na Feira Literária de Bonito, cinco mulheres escritoras e poetas de Mato Grosso do Sul que fazem parte do “Mulherio das Letras”, um coletivo literário feminista que reúne cerca de sete mil escritoras, editoras, ilustradoras, pesquisadoras e livreiras, entre outras mulheres ligadas à cadeia criativa e produtiva do livro, no Brasil e no exterior, a fim de dar visibilidade, questionar e ampliar a participação de mulheres no cenário literário, estiveram contando suas experiências no mundo das letras a partir no ingresso literário.

As pessoas que estiveram no Espaço Lounge Fala Natureza ouvindo Adriana Alberti, Diana Pilatti, Joseane Francisco, Tânia Souza e Eva Vilma puderam se encantar com suas histórias de construção na literatura, até então nos últimos anos, um campo dominado pelos homens. Palavras, reflexões e principalmente atitudes foram as grandes chaves do que realmente foi essa mesa de discussão na Flib em Bonito. Desde a primeira fala até a último percebeu-se a força maior de cada uma delas que conseguiram seus espaços, independetemente dos temas abordados, pois suas escritas são da alma, do coração e principalmente da vontade de mostrar do quanto são capazes de romper barreiras infinitas.

“Participar da terceira coleção do Mulherio das Letras posso dizer que foi um amparo”. Assim definiu de imediato a escritora Joseane Francisco. Relatou que começou a escrever bem cedo, aos 13 anos, mas na fase adulta deixou de lado para dedicar exclusivamente aos seus alunos para assim gostarem da literatura. “Essa experiência com o Mulherio das Letras foi algo muito bom. Depois disso já publiquei participei de quatro coleções e agora estou no trabalho solo. Acredito que nós mulheres estamos fazendo história”. Já a escritora Diana Pilatti comentou que a primeira publicação pela editora Vendas Abiertas, chamou a atenção justamente por ser livro de bolso, acessível para transporte e venda. “Foi muito gostoso pois meu texto encaixou plenamento no tamanho do livro. No Mulherio nós escrevemos sobre nós. Cravamos nosso papel no espaço literário e isso é de extrema importância”.

A escritora e poeta Tânia Souza é aquela considerada “acolhedora” de todas que publicaram livros e também que participam do grupo (hoje mais de 50), em Mato Grosso do Sul. “Fazer parte do Mulherio foi um diferencial muito grande. Não existe hieraquia e para participar é só chegar. O Mulherio não se prende a um gênero. Dentro dele são várias propostas. Para se ter uma ideia, nesse coletivo até o momento foram lançados 81 livros, o que realmente é algo maravilhoso”. Eva Vilma, escritora por sua vez falou uma palavra no início muito importante: “refontizar”. “Sinceramente, antes não me reconhecia como escritora. No Mulherio mostramos que são vários os olhares da mulher. Mas, sempre digo, temos dado visibilidade constante em nosso trabalho, mas acredito que é preciso valorizar sempre a nossa escrita. Eu faço esse exercício de reflexão”. Por fim, a escritora Adriana Alberti afirmou que para ela o coletivo representa várias oportunidades. O Mulherio das Letras dá essa oportunidade acessível de publicar um livro. Não precisa nem ser textos inéditos. Aquele mesmo deixado na gaveta. Existe todo um cuidado antes da publicação. Quando peguei o livro físico com meu nome foi algo indiscritível”.

Foto: Alex Fraga

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