Toda feira é um espaço de troca de mercadorias com o objetivo de se obter um lucro. Uma FEIRA LITERÁRIA possui especificidades quanto ao que será trocado, mas o resultado será sempre lucrativo, pois incide na formação das pessoas. Neste sentido, esta feira abre também o diálogo para a questão da sustentabilidade que permeia todas as esferas do mundo contemporâneo.
O município de Bonito, por si só, permite pensar as relações do homem com a natureza de uma forma mais aproximada e a Feira Literária de Bonito traz a oportunidade de incluir a Literatura como um modo de reflexão ímpar sobre questões éticas e filosóficas, de territorialidade e pertencimento, que reverberam numa educação voltada para a sustentabilidade. Educar a sensibilidade das pessoas por meio do texto literário leva-as a um posicionamento crítico e harmonioso frente aos recursos naturais disponíveis, transformando consumidores em cidadãos conscientes e protetores do meio ambiente.
Uma Feira Literária nos moldes em que estamos propondo, na praça central da cidade de Bonito, tem como objetos principais de troca O LIVRO, O AUTOR e O LEITOR: oferecer o livro, ouvir o autor falar de seu ofício e responder aos questionamentos do leitor, modificar o leitor, ganhar o leitor. Este é o tripé essencial da FLIB, a começar pelo tema: “LITERATURA: O DELÍRIO DA PALAVRA”, que presta homenagem ao poeta Manoel de Barros, cuja sensibilidade no trato da linguagem é reconhecida por leitores de todo o mundo.
Fazendo da literatura o principal objeto de atenção, a FLIB pode provocar transformações no modelo de ensino atual, investindo fortemente em novas formas e ferramentas para a apresentação do texto literário na escola. Nas oficinas oferecidas, o professor poderá conhecer formas de utilizar as tecnologias disponíveis como, por exemplo, celulares e internet, para a criação de textos e o estudo da literatura, compreender o funcionamento da linguagem poética e seu diálogo com outras artes ou, ainda, construir livros com material reciclado. Também o ofício do escritor será oferecido em oficinas. Investe-se, assim, nas chamadas práticas de leitura.
No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois. Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos — O verbo tem que pegar delírio.
Manoel de Barros
20h: Praça | ABERTURA OFICIAL DA FEIRA – Autoridades e convidados
21h: Praça | Teatro: “O delírio do verbo” – Jonas Bloch
7h30 às 11h
Praça | Contação de Histórias
Espaço Cabeludinho | Oficina: Blog Literário – Literatura na Rede – Patrícia Pirota
Espaço Bernardo | Oficina: Literatura Infantil na sala de aula – Karina Vicelli
13h30 às 14h30
Praça
Performance: Eu vou de bicicleta – Emmanuel Marinho
Espaço Cabeludinho
Oficina: Blog literário – literatura na rede – Patrícia Pirota
Espaço Bernardo
Oficina: Literatura Infantil na sala de aula – Karina Vicelli
16h30
Espaço Cabeludinho
Palestra: literatura maluca – André Sant’Anna
Espaço Bernardo
Palestra: Cinema na sala de aula – Flávio Adriano Nantes
Espaço Bugre Velho
Roda de conversa: A Menina de Olhos Castanhos – Renata do Vale e Matheus BitencourT
19h
Espaço Cabeludinho
Palestra: “Literatura no limite dos afetos” – Ivana Arruda
19h30
Espaço Bugre Velho
Dedo de Prosa – Ivana Arruda, Lucilene Machado, Theresa Hilcar, Patrícia Pirota, Samuel Medeiros, Rubênio Marcelo, Guimarães Rocha, Rose Mari Grande
21h
Praça
Palestra-show: Viver de poesia – Elisa Lucinda
7h30 às 11h
Praça
Contação de Histórias
Espaço Cabeludinho
Oficina: Leitura do Poema – Mario Alex Rosa
Espaço Bernardo
Oficina: Torpedos – literatura na ponta dos dedos – Wagner Merije
14h às 15h30
Espaço Cabeludinho
Oficina: leitura do poema – Mario Alex Rosa
Espaço Bernardo
Oficina: Torpedos – literatura na ponta dos dedos – Wagner Merije
16h30
Espaço Cabeludinho
Palestra: Cronicar e contar: as vozes do narrador – Marcelo Mirisola
Espaço Bernardo
Mesa-redonda: Narrativa e roteiro – Antonio Pitanga, Maurício Copetti e Miguel Horta
Mediadora: Marinete Pinheiro
Espaço Bugre Velho
Café Literário – “O gorjeio das palavras – poesia e cultura popular” Marlei Sigrist e Paulo Robson
17h30
Espaço Cabeludinho
Palestra: o lugar da poesia hoje – Eucanaã Ferraz
Espaço Bernardo
Palestra: Verso e Prosa na literatura –
Espaço Bugre Velho
Workshop: Viagem pelo reino da palavra – Elisa Lucinda
19h30
Espaço Bugre Velho
Dedo de Prosa – Eucanaã Ferraz, Marcelo Mirisola, Augusto C. Proença, Paulo Robson, Marinete Pinheiro
21h
Praça
Peça Teatral – Diário de Madalena – Espedito Di Montenbranco
7h30 às 11h
Praça
Contação de Histórias
Espaço Cabeludinho
Oficina: Gibi na sala de Aula – Ronilço Guerreiro
Espaço Bernardo
Oficina: Cartonera – Livros Artesanais – Douglas Diegues
14h
Espaço Cabeludinho
Palestra: Escrever para Crianças – Mario Alex Rosa
Espaço Bernardo
Palestra: Eco Literatura
15h30
Espaço Cabeludinho
Mesa-redonda: Música e Poesia – Oscar Rocha, Rodrigo Teixeira
Espaço Bernardo
Palestra: Manoel de Barros – A poesia e a natureza – Maria Adélia Menegazzo
Espaço Bugre Velho
Mesa Redonda: Literatura no cinema – Abud Lahdo, Joel Pizzini – Mediadora: Marinete Pinheiro
18h
Espaço Bugre Velho
Dedo e Prosa – André Santa’Anna, Douglas Diegues, Mario Alex, Tó Silveira, Henrique Medeiros, Elisa Lucinda, Elias Borges